Televisão e Ideologia(clique na capa para ir à página da Amazon)

Televisão e Ideologia:
Uma Análise das Relações de Dominação nas Ficções Seriadas

    Este livro é fruto da minha tese de doutoramento, a qual percebe a evidente força e o espaço ocupado pela mídia na vida social contemporânea. Uma vez que o imaginário sociocultural de uma sociedade é constituído através das interrelações entre os indivíduos, o papel da mídia e suas consequências para a vida material adquire complexa proeminência. Inseridos na lógica do lucro, os conglomerados de mídia elaboram os seus produtos conforme as demandas do mercado e com alto enfoque na acumulação de capital. No cerne deste debate, subjaz a questão de como a instituição midiática se apresenta frente à manutenção das estruturas de poder. Por isso, é crucial entender que sendo parte da superestrutura, ela tem por função a reprodução da ordem social, isto é, as suas sedutoras mensagens veiculam significados e valores que atuam para perpetuar a dominação de classe e a paralisação social. Desta forma, pode-se indagar: qual a relação da mídia com o atual modelo econômico e com o contexto histórico-social em que está inserida? Há interesses particulares desses conglomerados em atuar contra a manutenção do status quo? De que maneiras os seus conteúdos sustentam as relações de dominação e omitem as contradições? Para respondê-las, elaboro discussões sobre os processos de dominação, exploração, desigualdades sociais, estrutura de classes e ideologia, além de investigar a atividade midiática sob o ponto de vista da inversão dos interesses, da propaganda política e seus aspectos antidemocráticos, inserindo-os no contexto político-midiático brasileiro. Por fim, no intuito de investigar essa reprodução ideológica no campo das ficções seriadas, conduzo uma análise marxista procurando compreender de que maneiras elas retratam as contradições e como atuam na reprodução da ordem social capitalista pela distorção das relações de dominação e classe, pela promoção dos interesses das classes dominantes e pela omissão das causas das desigualdades como uma condição intrínseca do capital.